terça-feira, 21 de abril de 2009
Enfants Sauvages
Sim uma criança, uma criança selvagem, Enfant Sauvage, terceiro sexo analfabeta salvo para as vogais enigmáticas e coloridas de Rimbaud. Não longe deste há outros, sempre estão juntos, não como famílias, mas como matilhas caçando durante noite quente e ofegante de selvageria.
Reais libertos, reis de si mesmos, Moglis soltos a sua própria sorte descobrindo sozinhos as verdades que lhes convém saber. Crianças (os mais velhos jovens ainda púberes) sem as amarras socias e democráticas que prendem nossa mente bo puritanismo estéril e assasino de emoçôes e experiências. Descobrem porsi própris os efeitos das ervas (incluso alucinógenas), de correr livre atrás do alimento, do sexo e da masturbação juvenil.
Nossas falsas escolhas sem repercussão não refletem ou imaginam a magnitude das experiências vividass por esses selvagens. Não como o "bom selvagem" da filosofia ocidental ou dos filmes de Truffaut, um verdadeiro ser novo de origem natural e sem amarras.
adeptos do amor-louco e livres de ideias de propriedade vagam pela beira das estradas guiados pela fome e seguidos aroma de urina. Sublime cheiro da liberdade
Nenhum de nós somos capazes de compreender perfeitamente o que eles são (e que poríamos ter sido) mesmo eles sendo nós e vice-e-versa, mas só de imaginá-los lambendo os ralados de caça ou um garotinho selvagem se mastubando podemos senti-los em nossas almas.
Que a liberdade total e inimaginável deles ainda viva! Sem elas perdemos a nossa
ESTRANHAS DANÇAS NOS SAGUÕES de Bancos 24 Horas. Shows pirotécnicos não autorizados. Arte terrestre, trabalhos- telúricos como bizarros artefatos alienígenas espalhados em Parques Nacionais. Arrombe casas mas, ao invés de roubar, deixe objetos Poético-Terroristas. Rapte alguém e faça-o feliz. Escolha alguém aleatoriamente e convença-o de que ele é herdeiro de uma enorme, fantástica e inútil fortuna: digamos 8000 quilômetros quadrados da Antártida, ou um velho elefante de circo, ou um orfanato em Bombaí, ou uma coleção de manuscritos alquímicos. Mais tarde, ele irá dar-se conta de que acreditou por alguns poucos momentos em algo extraordinário, & talvez, como resultado, seja levado a buscar uma forma mais intensa de viver.
Pregue placas comemorativas de latão em locais (públicos ou privados) onde experimentaste uma revelação ou tiveste uma experiência sexual particularmente especial, etc.
Ande nu por aí.
Organize uma greve em sua escola ou local de trabalho, com a justificativa de que não estão sendo satisfeitas suas necessidades de indolência & beleza espiritual.
A Arte do grafitti emprestou alguma graça à metrôs horrendos & rígidos monumentos públicos. A arte Poético-Terrorista também pode ser criada para locais públicos: poemas rabiscados em banheiros de tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques e restaurantes, arte xerocada distribuída sob limpadores de pára-brisa de carros estacionados, Slogans em Letras Grandes grudados em muros de playgrounds, cartas anônimas enviadas a destinatários aleatórios ou escolhidos (fraude postal), transmissões piratas de rádio, cimento fresco...
A reação da audiência ou o choque estético produzidopelo Terrorismo Poético deve ser pelo menos tão forte quanto a emoção do terror: nojo poderoso, excitação sexual, admiração supersticiosa, inspiração intuitiva repentina, angústia dadaísta - não importa se o Terrorismo Poético é direcionado a uma ou a várias pessoas, não importa se é "assinado" ou anônimo; se ele não muda a vida de alguém (além da do artista), ele falhou.
O Terrorismo Poético é um ato em um Teatro de Crueldade que não tem palco, nem assentos, ingressos ou paredes. Para funcionar, o TP deve ser categoricamente divorciado de todas as estruturas convencionais de consumo de arte (galerias, publicações, mídia). Mesmo as táticas guerrilheiras Situacionistas de teatro de rua já estão muito bem conhecidas e esperadas, atualmente.
Uma requintada sedução levada adiante não apenas pela satisfação mútua, mas também como um ato consciente por uma vida deliberademente mais bela: este pode ser o Terrorismo Poético definitivo. O Terrorista Poético comporta-se como um aproveitador barato cuja meta não é dinheiro, mas MUDANÇA.
Não faça TP para outros artistas, faça-o para pessoas que não perceberão (pelo menos por alguns momentos) que o que acabaste de fazer é arte. Evite categorias artísticas reconhecidas, evite a política, não fique por perto para discutir, não seja sentimental; seja impiedoso, corra riscos, vandalize apenas o que precisa ser desfigurado, faça algo que as crianças lembrarão pelo resto da vida - mas só seja espontâneo quando a Musa do TP tenha te possuído.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
No momento em que escrevo este texto estou cansado, ansioso, um pouco estressadinho por excesso de informações e de barulho. Me sinto quase uma pessoa comum ao ver da sociedade (esse quase é porque estou só de cueca agora). Enfim, queria apresentá-los um panorama sobre a mídia, principalmente sobre a televisão e sua grande capacidade de nos manter "informado". Ou seria enformado?
Comecemos pela criação da TV: Qual foi a intenção dos criadores dela? Bem, você não acha que a TV foi criada por pessoas que queriam gastar seu dinheiro para mantê-lo informado sobre o mundo, não é? Ela foi criada para divulgar, de maneira mais efetiva possível, objetos de consumo, serviços e também para difundir padrões de vestimenta (moda), de comportamento e de beleza. Partindo disso, algumas pessoas podem se perguntar: Qual é a importância desses padrões? Pra que servem? Quando temos um sistema no qual as pessoas têm comportamentos padronizados fica fácil vender coisas a elas e fácil convencê-las de que o que possuem deve ser trocado por algo mais "moderno".
Agora vamos para a parte deste sistema que considero a mais nociva de todas: as pessoas que pensam diferente têm seus pensamentos podados. Se você não segue o padrão de conduta da sociedade, você é considerado ridículo. Você acaba se tornando escravo do sistema, mesmo que não concorde com ele. Muitas oportunidades são perdidas, porque seu modo de agir e pensar não são aceitos pela sociedade em que está inserido. Vão tentar de todas maneiras destruir sua auto-estima, criar em você o medo de ter sonhos próprios e o hábito de "sonhar" de acordo com o padrão. Aos poucos você vai se tornando mais um consumista alienado. Já as “pessoas padrão” acabam criando um medo enorme de serem ridicularizadas, perdem sua criatividade, espontaneidade, iniciativa e o pior de tudo, vivem em uma falsa liberdade. Acha que estou exagerando? Pegue como exemplo uma sala de aula: os alunos têm medo de responderem as perguntas dos professores, de errar perante a turma, de serem líderes de algo, de darem opiniões próprias, enfim, de pensarem com a própria cabeça.
A TV NÃO FOI CRIADA PARA INFORMÁ-LO SOBRE O MUNDO, FOI CRIADA PARA TE FAZER CONSUMIR COISAS QUE NÃO PRECISA E PARA INFORMAR DEFENDENDO OS INTERESSES DE QUEM DER MAIS LUCRO A ELA.
Bem pessoal, acho que era só isso...
beijosmeliga ;*
Esta é, com certeza, uma pergunta que me aflige muito. A idéia de pertencer ou ser de algum local específico, vai totalmente contra minha sede por maior liberdade. Por que o ser humano tem o costume de querer dividir tudo em grupos, inclusive, ele mesmo? Qual o sentido de tantas fronteiras? Não somos todos de uma mesma espécie? Apesar de toda a diversidade cultural existente no mundo, somos todos irmãos. Apesar da soberba dos europeus, da desigualdade nos países de terceiro mundo, do radicalismo muçulmano, das utopias socialistas e dos regimes autoritários, viemos todos de uma mesma árvore genealógica.
Acho triste dividirmos que nossas crenças seja constantemente classificadas como ocidental e oriental, em russas, chinesas, brasileiras, indianas, árabes e tantas outras. Pense no quanto aprenderíamos com nossos irmãos caso não houvessem tantas fronteiras, tantas limitações... principalmente limitações impostas por nossa mente que, muitas vezes, não é aberta o suficiente e julga a opinião alheia em vez de tentar compreendê-la.
Nunca aceitarei o rótulo de descendente de alemães ou açorianos, pois sou fruto de uma variada e rica mistura de etnias. E mais, recuso invariavelmente, apesar de ir contra a crença de várias pessoas, que eu seja classificado como brasileiro, gaúcho ou "novo hamburguense". Pois sou e prentendo ser cada vez mais, um CIDADÃO DO MUNDO.