Vivemos numa era de idiotas. Pessoas como zumbis, temendo a si mesmas (coisas que nem mesmo os zumbis fazem, na cultura pop), andando com o medo e a apatia diárias, e se esquecendo da natureza selvagem que nos constrói. Nos prendemos a tantas regras outorgadas que nos esquecemos do que, para muitos, foi dado a nós por um Deus, ou por nós mesmos: O livre-arbítrio.
Dos muitos instrumentos a nos tolhir as vontades, um dos mais descabidos é, certamente, o pudor. Essa ignorância travestida e caricata em si mesmo, coberta de uma relatividade cruel, está enraizada no conceito de sociedade, e nas “regras de boa convivência”. Por pudor, não se usam termos de baixo-calão em convenções, palestras e poesias clássicas. Por pudor não se fala o que se pensa (e o que se deve). Por pudor usamos roupas em dias quentes. Essa ferramenta, além de estúpida e ridícula, é um exemplo da universalização de pensamento atual.
Em sociedades indígenas clássicas, mal se usam roupas. Nesse contexto, um índio, acostumado com a nudez das mulheres, não se excita (ou fica de pau duro, como eu escreveria sem o pudor que se enraíza em mim). Os índios não passam o dia todo transando apenas por sua ausência de roupas. Não seria por isso que o estúpido civilizado o faria.
Se o pudor é tudo o que nos prende e foge ao universalizante, nada declararia, além da lei imbecil humana, o terrorismo poético como crime, sendo ele a arte de destruir o que se chama de pudor. Agredir um monumento ridículo, xingar uma personalidade estúpida, pichar textos literários em praças públicas, distribuir doces com mensagens críticas, seqüestrar pessoas para realizar seus sonhos, etc, são uma tentativa de melhorar o mundo monótono, cinzento e ridículo dos zumbis do século. A morte do pudor, a destruição desse grilhão, para construir com ele um mundo artístico.
Declaro guerra ao pudor, para que possa um dia palestrar sobre isso. Para que possa um dia dizer “Declaro guerra ao filho da puta do pudor.”. Não faça, claro, nada que possa te jogar na cadeia, ou possa te levar a ser réu de um processo jurídico, mas conquiste isso aos poucos. Se conseguir, troque filmes a serem projetados em cinemas, por pornografia. Faça arte que degrade. Cole enormes pôsteres exibindo o nu de mulheres (ou homens, se preferir). Degrade o conceito de roupas apenas por convenção, e não como proteção ao frio. Destrua, exploda e torture aquilo que chamamos de decência. Crie blogs de exposição de pornografia e poste o link em todo lugar. Faça de sua vida um atentado poético-terrorista a essa escrotice diária, para que um dia nos vejamos livres da monotonia que nos cerca.
Dos muitos instrumentos a nos tolhir as vontades, um dos mais descabidos é, certamente, o pudor. Essa ignorância travestida e caricata em si mesmo, coberta de uma relatividade cruel, está enraizada no conceito de sociedade, e nas “regras de boa convivência”. Por pudor, não se usam termos de baixo-calão em convenções, palestras e poesias clássicas. Por pudor não se fala o que se pensa (e o que se deve). Por pudor usamos roupas em dias quentes. Essa ferramenta, além de estúpida e ridícula, é um exemplo da universalização de pensamento atual.
Em sociedades indígenas clássicas, mal se usam roupas. Nesse contexto, um índio, acostumado com a nudez das mulheres, não se excita (ou fica de pau duro, como eu escreveria sem o pudor que se enraíza em mim). Os índios não passam o dia todo transando apenas por sua ausência de roupas. Não seria por isso que o estúpido civilizado o faria.
Se o pudor é tudo o que nos prende e foge ao universalizante, nada declararia, além da lei imbecil humana, o terrorismo poético como crime, sendo ele a arte de destruir o que se chama de pudor. Agredir um monumento ridículo, xingar uma personalidade estúpida, pichar textos literários em praças públicas, distribuir doces com mensagens críticas, seqüestrar pessoas para realizar seus sonhos, etc, são uma tentativa de melhorar o mundo monótono, cinzento e ridículo dos zumbis do século. A morte do pudor, a destruição desse grilhão, para construir com ele um mundo artístico.
Declaro guerra ao pudor, para que possa um dia palestrar sobre isso. Para que possa um dia dizer “Declaro guerra ao filho da puta do pudor.”. Não faça, claro, nada que possa te jogar na cadeia, ou possa te levar a ser réu de um processo jurídico, mas conquiste isso aos poucos. Se conseguir, troque filmes a serem projetados em cinemas, por pornografia. Faça arte que degrade. Cole enormes pôsteres exibindo o nu de mulheres (ou homens, se preferir). Degrade o conceito de roupas apenas por convenção, e não como proteção ao frio. Destrua, exploda e torture aquilo que chamamos de decência. Crie blogs de exposição de pornografia e poste o link em todo lugar. Faça de sua vida um atentado poético-terrorista a essa escrotice diária, para que um dia nos vejamos livres da monotonia que nos cerca.
5 comentários:
Concordo com quase tudo que vc diz. Mas pondero o despudor, quando este pode virar uma espécie de assédio ou já nem é questão despudor. Entre os índios, embora haja toda essa vida lúdica - ou o que vc coloca em foco - penso se não há os limites de respeito de uns com os outros. Intuo que sociedades selvagens e afins não são necessariamente um cada um faz o que quiser com o outro. O cuidado reside nesse seu falar “regras outorgadas”. Até que ponto podemos estar criando regras alheia a outras pessoas com nossas atitudes?
Outra ressalva é a respeito do efeito de um terrorismo poético numa sociedade estressada pelo sistema – trabalho, etc. Qual o sentido do terrorismo poético?Ou o que se está entendendo por terrorismos poéticos e afins? É criar perspectivas, dar vazão a este livre arbítrio que vós fala ou assustar as pessoas, assediá-las e impedi-las de trazer essa capacidade por si mesmas? Pessoas que já tem uma vida de pressão merecem mais pressão?
Ou alternativas de Descompressão é às vezes mais interessantes?
São breves reflexões passageiras que fiz ao ler o texto e que me toca às vezes. Bem, não sei o que acha, gostaria , derepente, de um pítaco seu anônimo.
"gostaria de ter refletido mais a repeito, mas o tempo escasso esta no meu pescoço e queria dar um parecer"
atémais
terrorismo poético só é e só serve como agressão criativa, com fim libertário. Não filosofe por favor, se não pode pérder o espirito da musa do terror.
ele é simples.
Esse post não é de nossa responsabilidade, mas de leitores como você. Mas o texto ilustra perfeitamente o que é o Terrorismo Poético.
nao vo ignorar nao ^^
me adiciona no msn, pra trocarmos uma idéia então
fino_na_area@hotmail.com
afe... texto muito, muito ruim.
Tenha dó, vai.
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